Era uma vez, há muito, muito tempo, uma Serra chamada Agra. Era uma Serra mágica pois a Primavera chegava sempre mais cedo às suas encostas. A sua beleza era imensa. Tinha flores de todas as cores e um perfume especial.
Um dia, o vento quente e perfumado chegou até à Galiza e atraiu uma linda pastora e o seu rebanho até à serra.
Também um cavaleiro, vindo de uma terra à beira mar, foi atraído pelo mesmo perfume até àquelas paragens. O cavaleiro ao ver a beleza da cabreira foi ao seu enconto e logo se apaixonaram. A paixão era tão grande que ambos se esqueceram dos seus deveres.
Um dia, o cavaleiro atou um anel de ouro à pata do seu falcão e mandou-o para o seu reino. Passados alguns dias, o falcão regressou com outro anel pendurado na pata. Ao vê-lo, o cavaleiro ficou muito transtornado e aflito, disse à sua amada que era um conde e que tinha de partir para proteger a sua vila de homens terríveis que atacavam as suas terras. Também lhe disse para estar à sua espera pois viría buscá-la logo que a batalha terminasse.
A pastora esperou, esperou e esperou até que chegou o Verão e as pastagens secaram. Sem se dar conta o Outono chegou. As árvores mudaram as cores das suas folhas. Vestiram-se de amarelo, laranja, castanho, vermelho, para tentar animar a pastora, mas isso não adiantou.
E assim, com o coração cheio de tristeza, também o Outono passou e chegou o Inverno. A pastora não aguentou mais aquela espera. Foi até ao ponto mais alto daquela serra e lamentou não ser uma ave para poder voar e assim encontrar o seu amor. As lágrimas começaram a escorrer-lhe pelo rosto triste sem parar. Chorou tanto, tanto, tanto que as suas lágrimas formaram um rio e a montanha abriu-se para que as suas águas passassem até desaguarem numa terra chamada Vila do Conde.
A serra passou a chamar-se Serra da Cabreira para que ninguém se esquecesse da cabreira que lá esperou pelo seu amor e o rio passou a chamar-se Ave porque a pastora desejou ser uma ave.
Alunos do 4.º ano ST5
1 comentário:
ola a togos esto esta um maximo e espere que continue assim adeus
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